Amor… e agora, a Dor?

by José Matos

3 da Vida Airada

Há muitas palavras que rimam, contudo apenas o belo som da parecença coincide, se assemelha, mas o sentido perde-se, dispersa-se.

Há, no entanto, essa rima que casa, namora, entroniza-se, eterniza-se na perfeição: Amor e Dor.

Dir-me-ão os mais apaixonados que se trata de uma visão despida de sentimento, de esperança, de confiança, de vida, de otimismo… uma visão cética e sem coração, talvez de algum despedaçado.

Pois digo-vos:  é exatamente o oposto. O amor é a luz que tudo justifica, que tudo ilumina, inspira, bem trata e mal trata. Sim, quando esse amor encontra correspondência, tudo ganha sentido, tudo desperta, tudo ilumina e nada preocupa. Mas o amor, meus amigos, também é dor. E como dói! ..

E depois, acabamos por a ver em cada lugar da nossa imaginação, dispersamos em cada ato, em cada pensamento. E dói.

Todos nós somos amor… é ele que nos guia. E quando sentimos que não tem destinatário, caímos no vazio, ficamos sem sentido até conseguirmos recarregar o ser, com mais amor.

Mas falo de amor… algo acima de nós, Algo supremo. Por isso, mesmo com a dor… queremos amor para essa pessoa. Queremos que viva feliz, mesmo que nos esteja a matar, de dor.

E sofremos, no silêncio da saudade, da memória… Amando, chorando, caindo.

Mas a força do amor é essa. Com amor morremos, com amor renascemos.

Amor é vida… E se me perguntarem se queria ter amado mesmo sabendo que iria sofrer, a resposta seria esta: se sofro muito é porque amei muito. Vivi.

E coitados dos que temem viver!..."

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